A resposta de Pedro nesta pergunta acutilante nada tem de comum com aquela ousadia declarada de uns dias atr\u00e1s quando disse: “Ainda que me seja necess\u00e1rio morrer contigo, de modo algum te negarei”, Mt.26.33-35. A nossa individualidade natural, nosso \u00e2nimo natural corajosamente professa e declara seu sentir; o amor verdadeiro, por\u00e9m, s\u00f3 se manifestar\u00e1 quando \u00e9 tocado pela tristeza causada por uma pergunta penetrante colocada de um jeito muito pessoal por Jesus Cristo. Pedro amava Jesus como qualquer homem natural apreciaria um homem bom. Isso \u00e9 amor temperamental; ele pode penetrar fundo na individualidade de cada um, mas n\u00e3o toca na raiz do ser da pessoa. O verdadeiro amor simplesmente n\u00e3o se professa dessa forma. Jesus disse: “Todo aquele que me confessar diante dos homens”, isto \u00e9, amor expresso n\u00e3o apenas por palavras mas por tudo quanto faz.<\/p>\n\n\n\n

A menos que tenhamos sido magoados ao ponto de n\u00e3o termos mais ilus\u00f5es em rela\u00e7\u00e3o a n\u00f3s pr\u00f3prios, a Palavra de Deus n\u00e3o ser\u00e1 atuante em n\u00f3s. A Palavra de Deus fere mais fundo que qualquer pecado, porque o pecado embola o sentimento. A pergunta do Senhor intensifica o sentimento de tal maneira que ser magoado por Jesus \u00e9 sentir a mais intensa dor que se possa imaginar. Ela magoa n\u00e3o apenas de maneira natural, mas de um modo pessoal e muito profundo. A Palavra do Senhor penetra at\u00e9 dividir alma e esp\u00edrito; n\u00e3o deixa nenhuma ilus\u00e3o pairando ainda. N\u00e3o h\u00e1 possibilidade de se ter uma atitude sentimental diante da pergunta do Senhor; n\u00e3o conseguimos dizer coisas bonitas quando o Senhor nos fala assim sem desviar seu olhar – a dor \u00e9 intensamente terr\u00edvel. \u00c9 t\u00e3o grande que quaisquer outros interesses perdem toda a sua relev\u00e2ncia. N\u00e3o existir\u00e1 d\u00favida quando a Palavra do Senhor \u00e9 direcionada a um filho dele pela intensa dor que causa; mas, no momento dessa dor, \u00e9 tamb\u00e9m quando nos \u00e9 revelada a verdade d’Ele.<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

A resposta de Pedro nesta pergunta acutilante nada tem de comum com aquela ousadia declarada de uns dias atr\u00e1s quando disse: “Ainda que me seja necess\u00e1rio morrer contigo, de modo algum te negarei”, Mt.26.33-35. A nossa individualidade natural, nosso \u00e2nimo natural corajosamente professa e declara seu sentir; o amor verdadeiro, por\u00e9m, s\u00f3 se manifestar\u00e1 quando […]<\/p>\n","protected":false},"author":1,"featured_media":596,"comment_status":"open","ping_status":"open","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"_acf_changed":false,"_et_pb_use_builder":"off","_et_pb_old_content":"","_et_gb_content_width":"","_jetpack_memberships_contains_paid_content":false,"footnotes":""},"categories":[1],"tags":[6],"class_list":["post-595","post","type-post","status-publish","format-standard","has-post-thumbnail","hentry","category-devocional","tag-marco"],"acf":[],"yoast_head":"\n